Quais diferenças entre as 2 Escleroses, Lateral Amiotrófica e Múltipla?

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A importância de um diagnóstico preciso está no fato que de o tratamento será o adequado para a situação.

Assim, saber quais diferenças entre a Esclerose Lateral Amiotrófica e a Esclerose Múltipla é essencial para o tratamento ideal para cada situação.

Esclerose múltipla

A Esclerose múltipla ataca o sistema nervoso central, como uma doença autoimune, isso é, o sistema imunológico detecta células saudáveis como patógenos e as ataca.

Esse ataque ocorre contra as bainhas protetoras dos nervos – as mielinas – que são corroídas pelo sistema imunológico.

Isso causa danos à mielina, o que, por sua vez, interfere nas redes neurais entre cérebro, medula espinhal e outros pontos do sistema nervoso central. Assim, pode ocorrer degradação irreversível dos nervos.

O que são doenças raras

Considera-se doença rara aquela que afeta até 65 pessoas em cada 100 mil indivíduos, ou seja, 1,3 pessoas para cada 2 mil indivíduos. O número exato de doenças raras não é conhecido, mas estima-se que existam entre 6 mil a 8 mil tipos diferentes de doenças raras em todo o mundo. As doenças raras são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas e variam não só de doença para doença, mas também de pessoa para pessoa acometida pela mesma condição.

Já as manifestações relativamente frequentes podem simular doenças comuns, dificultando o seu diagnóstico, causando elevado sofrimento clínico e psicossocial aos afetados, bem como para suas famílias.

Sintomas

Os sintomas podem envolver perda da capacidade de andar ou falar de maneira clara.

E, infelizmente, na fase inicial, o diagnóstico é difícil, visto que os sintomas são sazonais, aparecendo e ficando muito tempo sem se manifestarem novamente.

Não há cura para a EM. Entretanto, tratamentos ajudam no controle e na redução do avanço da doença.

Causas

A causa efetiva da EM ainda não foi descoberta, mas dados indicam fatores genéticos, ambientais e virais como agentes possíveis.

Com relação à predisposição genética, a EM ocorre em conjunto a fatores ambientais, ou seja, preexiste uma condição inata para o desenvolvimento da doença, além da exposição a algum fator de risco no ambiente.

Os especialistas colocam a falta de exposição ao sol nos primeiros meses ou anos de vida ao desenvolvimento da EM.

A questão viral coloca o Epstein-Barr ( que causa a mononucleose ), a varicela-zoster e a hepatite como um dos agentes possíveis de causar a EM.

Há evidências mais recentes que envolvem hormônios sexuais como coadjuvantes para o aparecimento da EM, ao suprimirem atividades imunológicas.

Esclerose Lateral Amiotrófica

A causa, os sintomas e a evolução da ELA são totalmente diferentes daquelas da EM.

Trata-se de uma doença neurodegenerativa rara, que ocorre na medula espinhal e causa paralisia irreversível.

Existem fatores de risco para Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)?

Não existem fatores de risco ou comportamentos de risco conhecidos para a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). No entanto, sabe-se que parentes próximos de alguém que tenha a doença têm chances de adquiri-la também, tendo em vista que uma das causas são exatamente os fatores genéticos/hereditários.

Nesses casos recomenda-se fazer acompanhamento médico periódico.

Para saber o tratamento adequado bem como o uso medicamentoso.

Sintomas

Os sintomas da ELA geralmente aparecem após os 50 anos, mas também surgem em pessoas mais jovens. Outros sintomas envolvem:

  • prejuízo contínuo da força e coordenação muscular;
  • problemas para respirar e engolir;
  • engasgos e baba constantes;
  • gagueira;
  • cãibras e contrações musculares;
  • problemas de dicção;
  • alterações da voz;
  • perda de peso.

A ELA não corrompe visão, olfato, paladar, audição e tato, além de atingir, apenas raramente, o funcionamento dos sistemas digestivos e a capacidade cognitiva.

Não há cura para a ELA. A perda da capacidade de autocuidado dos pacientes é gradual. A taxa de sobrevivência é de 25% após o diagnóstico.

Causas da ELA

As causas ainda não foram descobertas, mas sabe-se que envolve algum problema genético.

Os neurônios dos pacientes se desgastam ou morrem e não se conectam mais aos músculos.

Algumas descobertas envolvem:

  • causas genéticas;
  • níveis de glutamato elevado, o que é tóxico para as células nervosas.
  • Doenças autoimunes.
  • Mau uso de proteínas.

Como destacado neste artigo, conhecimento é poder: saber quais diferenças entre a Esclerose Lateral Amiotrófica e a Esclerose Múltipla levam ao tratamento adequado e melhores condições de vida aos pacientes.

Fonte: Por Michael Rubin , MDCM, Weill Cornell Medical College traduzido por Momento Saúde

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