Equipe multiprofissional
Em alguns casos, como quando há o diagnóstico de transtorno bipolar ou transtorno depressivo, é recomendável que o tratamento seja feito por psiquiatra e psicólogo, trabalhando em parceria para melhor apoiar o paciente.
Quem passa por estresse pós-traumático, por exemplo, também pode requerer um tratamento multiprofissional, envolvendo especialistas como os de psiquiatria e psicologia.
Mas qual o papel da psicologia?
Por meio da psicologia pode-se ampliar o olhar sobre o mundo. O atendimento psicológico se dá por meio da técnica, que garante um atendimento ético e seguro, e também por meio da empatia, ou seja, do reconhecimento da singularidade de cada um, pois cada um é único no mundo.
A valorização dessa singularidade existencial, da potencialidade e beleza de cada ser, é o ofício da psicologia.
A transformação pessoal
Como resultado, a transformação pessoal se dá de dentro da própria pessoa para fora, produzindo mudanças no seu ambiente. Como quase tudo na vida, a transformação requer um trabalho cuidadoso e persistente para que se realize.
É parte desse trabalho que se faz no consultório de psicologia durante as sessões, quer sejam presenciais ou online.
Felicidade: determinante ou determinada? O dilema existencial
A atração pela felicidade é comum a todos. Ao experimentar felicidade, a pessoa sente amorosidade, prazer e harmonia. A experiência de felicidade é algo que todos almejam, mas diferentes pessoas traçam diferentes caminhos para a felicidade.
Algumas pessoas são mais bem-sucedidas, outras, entretanto, a despeito do quanto tentem, acabam sentindo um vazio existencial ou uma sensação de tristeza e apatia.
Mas por que isso acontece? Como explicar a diferença entre as pessoas que experimentam mais felicidade e as que, ao contrário, chegam até a comportamentos suicidas? Todas as pessoas, em seus cotidianos, passam por variadas situações que podem gerar felicidade, mas que também podem gerar tristeza.
Isso é igual para todos.
Mas por que algumas pessoas se sentem mais felizes e outras pessoas se sentem infelizes na maior parte do tempo, durante anos seguidos?
A psicologia pode ajudar em alguns aspectos: algumas pessoas tornam sua felicidade dependente de que tudo esteja perfeitamente bem em suas vidas. Há, porém, uma dose de imprevisibilidade na existência humana, e deixar a felicidade dependente de fatores externos é como colocar-se em uma gangorra: um dia pode-se estar muito feliz, no outro, toda essa felicidade se vai.
Através da psicoterapia pode-se passar a perceber a felicidade enquanto um estado que não depende só de fatores externos, mas sim, como um fator interno que acaba inclusive gerando situações positivas na vida.
Apego e zona de conforto
Há uma diferença entre realização pessoal e zona de conforto. Não é apenas uma diferença, mas trata-se do fato de que podem ser entendidas como dois polos de um continuum.
Quanto maior a realização pessoal, maior é a coragem para deixar a zona de conforto e galgar experiências e realizações novas. Quanto mais a pessoa se prende à sua zona de conforto, menos condições ela terá de sentir-se satisfeita, plena ou realizada, pois a zona de conforto é limitante enquanto que a realização pessoal expande os horizontes.
Realização pessoal é uma característica que torna a felicidade mais estável, pois não está condicionada a algo externo. Zona de conforto pode ser entendida como o apego ao conhecido, o apego ao jeito que se tem sido desde há muito tempo.
Assim, uma pessoa pode estar em sua zona de conforto quando, por exemplo, persegue sua felicidade sempre correndo atrás de coisas, sempre do mesmo modo, sempre atingindo os mesmos resultados. Este ciclo vicioso pode criar no indivíduo uma ilusão de estar lutando para se transformar, para evoluir, mas porque os métodos nunca mudam, os resultados continuam os mesmos.
A realização pessoal pode ser conquistada por meio do autoconhecimento, pois quando a pessoa sabe da existência de suas sombras psíquicas, ou seja, dos pontos que pode aperfeiçoar, e ao mesmo tempo tem a consciência de que “ninguém é perfeito”, essa pessoa se permite progredir sem pressão.
Via de regra, ao contrário, alguém que esteja em sua zona de conforto tem pouco autoconhecimento, pois a possibilidade de mergulhar em seu próprio universo pode lhe causar um medo paralisante.
Equilíbrio emocional, autocuidado e qualidade de vida
Um dos parâmetros utilizados para verificar o nível de qualidade de vida de alguém é o grau de independência funcional dessa pessoa, ou seja, sua capacidade de autocuidado.
Geralmente o termo autocuidado refere-se a cuidados de higiene e saúde física, mas também é possível usá-lo pensando em cuidado psíquico. Mas o que isso quer dizer?
A saúde emocional ou o equilíbrio emocional, tem um forte componente comportamental. Pode-se dizer que comportamentos proativos são mais bem-sucedidos no âmbito das relações interpessoais e geram mais qualidade de vida do que comportamentos reativos.
A proatividade está relacionada a comportamentos criativos, à capacidade de escuta, à ausência de preconceitos e de ideias rígidas.
Já a reatividade costuma se apresentar mais com base em concepções preestabelecidas sobre o mundo do que na valorização da heterogeneidade existencial. O comportamento reativo tende a tornar a pessoa presa em seu próprio mundo, enquanto que a proatividade lhe conduz ao crescimento pessoal e a relacionamentos harmônicos em uma diversidade de ambientes e contextos.
Equilíbrio emocional relaciona-se ao conceito de inteligência emocional. A capacidade de estar em paz e harmonizar-se com vários tipos de pessoas, de diferentes origens e costumes, torna mais fácil a satisfação pessoal, pois há menos exigências, menos cobranças, menos expectativas.
Ao longo de um dia, nos diversos ambientes, tais como trabalho, família, escola e etc., o equilíbrio emocional possibilita a aceitação das diferenças pessoais de um modo inclusivo e humanizado.
Investimento em si e desenvolvimento pessoal
Felicidade, satisfação pessoal, autoconhecimento, criatividade, equilíbrio emocional… quanta coisa boa, mas também, às vezes, difícil de sentir na prática.
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