Desde seu surgimento, a pandemia do Coronavírus tem trazido diversos impactos na rotina das pessoas do mundo inteiro. Os pacientes contaminados pelo vírus reagem de formas diferentes à doença, mas algumas sequelas em comum podem ser observadas, como o cansaço, a falta de ar e a perda do olfato ou paladar. Porém, outro efeito que vem sendo muito relatado por pacientes que tiveram COVID-19 é a queda excessiva de cabelo semanas ou meses após um quadro de infecção, mesmo os que apresentaram somente sintomas leves.
A queda de cabelo pode ser provocada pelo próprio quadro de infecção, chamado pelos especialistas de eflúvio pós-infeccioso, ou por medicamentos utilizados durante o tratamento, a exemplo de anticoagulantes.
Outro fator que também favoreceu o surgimento ou agravamento de doenças que levam à perda dos fios, como a alopecia e a calvície, foi o estresse que o isolamento e o medo da infecção têm trazido para todos nós.
A COVID-19 mostrou-se mais prevalente em homens portadores de calvície, segundo estudos recentes. No entanto, ainda não existem evidências suficientes para concluir que o fato de ser calvo implique em risco de desenvolver um quadro mais grave da doença.
Segundo a dermatologista Thâmara Morita (CRM/SE 3570, RQE 3483), o número de atendimentos em seu consultório devido às queixas de queda de cabelo aumentou significativamente.
Os pacientes informam ter percebido perda dos fios em tufos volumosos e afinamento dos cabelos, com início em até três meses após o diagnóstico da COVID-19. Apesar do susto, a boa notícia é que, na maioria das vezes, a queda se resolve sozinha dentro de 3 a 6 meses.
No entanto, pessoas que já apresentavam alguma outra doença, como calvície ou eflúvio telógeno crônico, podem precisar de ajuda médica para lidar com este quadro. Em alguns casos, é preciso investigar se existem deficiências vitamínicas, anemia ou doenças da tireoide associadas, e iniciar um tratamento específico para a queda, que geralmente provoca grande impacto emocional no paciente.
Normalmente, desprendem-se do couro cabeludo cerca de 100 a 150 fios por dia. Quando o número de fios perdidos aumenta por conta de febre alta, doença sistêmica ou estresse emocional, o paciente deve ficar atento. “Além do uso de medicamentos em casa, que a depender do caso pode ser tópico ou em comprimidos, o paciente pode associar sessões de intradermoterapia, Microinfusão de Medicamentos®, ou laser no consultório médico, para potencializar os resultados do seu tratamento”, afirma Thâmara.
Os efeitos da COVID-19 merecem total atenção para que o quadro não evolua e afete outras áreas do corpo. Por isso, conte com os cuidados dos profissionais multidisciplinares para garantir o seu bem-estar.
Fonte: G1 escrito por Direção clínica responsável Thâmara Cristiane Alves Batista Morita (CRM/SE 3570, RQE 3483).