O câncer de tireoide é um dos tipos de câncer mais comuns, afetando principalmente a glândula tireoide, responsável por regular importantes processos metabólicos no corpo. Para pacientes que foram submetidos à remoção total ou parcial da tireoide devido ao câncer, o medicamento Thyrogen (tireotropina alfa) desempenha um papel crucial no monitoramento e tratamento da doença.
Uso no Diagnóstico
Mas após a remoção da tireoide, os níveis naturais do hormônio estimulante da tireoide (TSH) ficam muito baixos, dificultando a detecção de células cancerosas residuais. Nesse cenário, o Thyrogen é administrado para elevar artificialmente os níveis de TSH, o que torna mais fácil a identificação de quaisquer células cancerosas remanescentes através de exames de sangue e cintilografia de corpo total.
Dessa forma, o Thyrogen auxilia no monitoramento pós-cirúrgico desses pacientes, permitindo a detecção precoce de recorrência ou persistência do câncer de tireoide.
Uso no Tratamento
Além do diagnóstico, o Thyrogen também desempenha um papel importante no tratamento do câncer de tireoide. Ele é utilizado em conjunto com o iodo radioativo (I-131), amplificando a eficácia desse tratamento.
O Thyrogen estimula a captação de iodo pelas células tireoidianas, incluindo aquelas cancerosas. Isso faz com que o iodo radioativo seja mais eficaz em destruir quaisquer células remanescentes, reduzindo o risco de recorrência da doença.
Segurança e Eficácia
Em diversos estudos clínicos demonstraram a segurança e eficácia do Thyrogen no contexto do câncer de tireoide. Ele é geralmente bem tolerado, com efeitos colaterais leves e transitórios, como náusea, dor de cabeça e fadiga.
Mas o uso do Thyrogen antes de exames de imagem e tratamentos com iodo radioativo tem se mostrado uma estratégia eficaz no acompanhamento e manejo do câncer de tireoide, melhorando os resultados clínicos dos pacientes.
Portanto, o Thyrogen se configura como uma importante ferramenta complementar no diagnóstico e tratamento desse tipo de câncer, auxiliando os profissionais de saúde a alcançarem melhores desfechos para seus pacientes.
Fonte: Tatiane Puga Lima – Momento Saúde