Vacina contra câncer de pele entra em fase final de testes

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Imunizante de RNA Mensageiro não é preventivo e estudos indicam a eficácia do uso combinado com o medicamento de imunoterapia Keytruda em uma fase avançada do tratamento.
As empresas farmacêuticas Moderna e Merck Sharp and Dohme (MSD) devem iniciar a fase três dos testes de um imunizante de RNA Mensageiro depois que um estudo demonstrou que a vacina poderia ser usada contra um tipo agressivo de câncer de pele, o melanoma. A vacina não é preventiva e os testes indicam que ela deve ser utilizada junto com o medicamento de imunoterapia Keytruda, já em uma fase avançada do tratamento, como explicou a Dra. Márcia Abade, diretora médica da MSD Brasil: “A vacina é em combinação com o Keytruda, com pembrolizumabe, que é a imunoterapia da MSD. O que anima muito a gente é que houve um estudo de fase dois, um estudo de 157 pacientes, em que foi comparado pacientes que fizeram o uso dessa vacina associado ao pembrolizumabe, contra o pembrolizumabe sozinho, a imunoterapia sozinha, em pacientes que tinham alto risco dessa doença voltar. Eles já tinham o melanoma e o quando houve essa combinação contra a imunoterapia sozinha foi visto que houve 44% de redução do risco de recorrência, ou seja a redução do risco da doença voltar exatamente por conta da associação da imunoterapia com a vacina de RNA Mensageiro da Moderna”.

A médica explica que, apesar de estar em fase experimental, a vacina apresenta uma tecnologia inovadora uma vez que o processo de criação é individualizado: “Ela é específica para aquele paciente. É individualizada para aquele câncer, daquele paciente. Como isso é feito? É retirada a biópsia daquele câncer e aí é olhado quis são as mutações daquele câncer., analisado por um laboratório. Essa análise chama-se sequenciamento de nova geração. E as mutações daquele câncer específico daquela pessoa são analisadas e até 34 neo-antígenos, antígenos daquela mutação, são levados para ser feito então uma vacina de RNA Mensageiro individualizada por paciente”.

A expectativa é que a fase três do estudo comece no ano que vem, mas a Dra. Márcia lembra a tecnologia ainda pode demorar para chegar nos pacientes: “A gente espera que nos próximos anos, não consigo dizer exatamente quantos, a gente consiga demonstrar essa eficácia e trazer essa inovação para o cotidiano do tratamento do paciente com câncer”. Com o slogan “Não Espere Até Sentir Na Pele”, dezembro é o mês da conscientização a respeito dos riscos do câncer de pele, que corresponde a 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil. Por ano, são registrados cerca de 185 mil novos casos da doença.

Fonte: IG

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