Pessoas saudáveis doam uma pequena quantidade de seu sangue para ser usado para transfusões de sangue.
As pessoas geralmente doam cerca de 450 mililitros (aproximadamente menos de 1/10 da quantidade total de sangue no corpo) e, frequentemente, diferentes componentes do sangue são separados e administrados a pessoas diferentes.
Para doar você precisa
Todo o processo de doação de sangue total (isto é, sangue com todas as células componentes) leva cerca de uma hora. Os doadores devem ter pelo menos 17 anos de idade e pesar no mínimo 50 kg. Além disso, eles devem ser saudáveis. O pulso, a pressão arterial e a temperatura deles são medidos e uma amostra de sangue é examinada em busca de sinais de baixa contagem sanguínea (anemia).
Os doadores respondem a uma série de perguntas sobre sua saúde, fatores que possam afetar sua saúde e países que já visitaram. Certos quadros clínicos e fatores podem desqualificar pessoas permanente ou temporariamente como doadores de sangue. Os fatores desqualificadores são aqueles que poderiam tornar a doação perigosa para o doador ou o risco de transmitir um distúrbio ao receptor. A decisão de aceitar ou desqualificar um doador pode ser complicada.
Você sabia que…
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Em geral, os doadores não podem doar sangue mais do que uma vez a cada 56 dias.
Como é feito a doação de sangue
Uma pessoa considerada elegível para doar sangue se senta em uma cadeira reclinável ou deita em uma maca. Um profissional de saúde examina a face interna do cotovelo da pessoa e determina qual veia usar. Depois de a área imediatamente ao redor da veia ser cuidadosamente limpa, é inserida uma agulha na veia e temporariamente fixada com uma cobertura estéril. É normal sentir uma sensação de picada quando a agulha é introduzida, mas o processo é de resto indolor. O sangue flui através da agulha e entra numa bolsa de coleta. A coleta real de sangue demora apenas cerca de dez minutos, mas todo o processo, desde o histórico de saúde até um breve período de recuperação demora cerca de uma hora.
A quantidade padrão de sangue aceita para doação é de cerca de 450 mililitros. O sangue recém-obtido é selado em bolsas de plástico contendo conservantes e um componente anticoagulante. Uma pequena amostra de cada doação é testada para detectar alguns organismos infecciosos.
Testagem do sangue doado em busca de sinais de infecção
As transfusões de sangue podem transmitir organismos infecciosos transportados pelo sangue do doador. É por isso que as autoridades sanitárias restringiram os critérios de elegibilidade para os doadores e tornaram a testagem do sangue meticulosa. Todas as doações de sangue são testadas em busca de infecções pelos organismos causadores de hepatites virais, AIDS e outros distúrbios virais selecionados (tais como infecções causadas pelo vírus Zika), doença de Chagas, Hiv, Covid e sífilis.
Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS)
Portanto o sangue doado é testado em busca do vírus da imunodeficiência humana (HIV), a causa da AIDS. A testagem não é 100% precisa porque não é positiva durante as primeiras semanas após a pessoa adquirir a infecção por HIV. Contudo, os doadores potenciais são entrevistados como parte do processo de triagem. Os entrevistadores fazem perguntas sobre fatores de risco para a AIDS como, por exemplo, se os possíveis doadores ou seus parceiros sexuais injetaram drogas ou tiveram relações com homens com parceiros do sexo masculino. Graças às análises do sangue e à entrevista de triagem, o risco de contrair infecção por HIV através de uma transfusão de sangue é extremamente baixo: 1 em 1.500.000 a 2.000.000 de acordo com estimativas recentes.
Hepatite viral
O sangue doado é testado para detectar a presença de infecções pelos vírus causadores dos tipos de hepatite viral (tipos B e C) que são transmitidos através de transfusões de sangue.
Esses testes não conseguem identificar todos os casos de sangue infectado, mas com a testagem rigorosa e com os rigorosos procedimentos de triagem dos doadores, uma transfusão não representa praticamente risco nenhum de transmissão de hepatite C. O risco atual é de menos de 1 infecção para cada 2.000.000 de unidades de sangue transfundidas.
A hepatite B continua a ser a doença potencialmente grave mais comumente transmitida por transfusões de sangue, hoje com um risco de cerca de 1 infecção para cada 1.000.000 de unidades.
Sífilis
As transfusões de sangue raramente transmitem sífilis. Além de os doadores de sangue serem triados e as doações testadas em busca do organismo causador da sífilis, o sangue doado também é refrigerado a baixas temperaturas, o que mata os organismos infecciosos.
Fonte: Por Ravindra Sarode, MD, The University of Texas Southwestern Medical Center traduzido por Momento Saúde