Tipos raros de câncer de estômago
O linfoma é um câncer do sistema linfático. Pode se desenvolver dentro do estômago. Acredita-se que a bactéria Helicobacter pylori desempenha um papel importante no desenvolvimento de alguns linfomas gástricos. Muitas vezes, a cirurgia é o tratamento inicial. A quimioterapia e a radioterapia são mais eficazes no tratamento de linfoma do que no de adenocarcinoma. Com esses tratamentos, pode-se prolongar a sobrevida e até obter a cura.
O leiomiossarcoma (câncer das células do músculo liso) pode se desenvolver na parede do estômago. Ele também é chamado de tumor de células fusiformes. A cirurgia é o tratamento mais indicado. Se o câncer já se disseminou (por metástase) para outras partes do corpo no momento do diagnóstico do leiomiossarcoma, a quimioterapia pode conseguir apenas um leve prolongamento da sobrevida. O medicamento imatinibe tem sido eficaz no tratamento de leiomiossarcomas que não podem ser tratados cirurgicamente.
Fatores de risco
Geralmente o adenocarcinoma do estômago se inicia em uma porção do revestimento gástrico sujeita a inflamação. Uma infecção por Helicobacter pylori constitui um fator de risco para desenvolver alguns tipos de câncer de estômago. Pessoas que apresentam determinadas mutações genéticas também correm risco, assim como as pessoas com gastrite atrófica autoimune.
Os pólipos gástricos podem tornar-se cancerosos (malignos) e, por isso, devem ser retirados. Existe a possibilidade do desenvolvimento de adenocarcinoma de estômago se os pólipos apresentarem células glandulares, se ultrapassarem dois centímetros ou se forem múltiplos.
Supõe-se que alguns fatores alimentares desempenham um papel no desenvolvimento do adenocarcinoma do estômago. Entre esses fatores estão: dieta rica em sal e carboidratos, a ingestão frequente de alguns conservantes denominados nitratos (presentes geralmente em alimentos defumados) e baixo consumo de frutas e vegetais de folhas verdes. Embora não tenha sido comprovado que algum desses fatores seja de fato a causa, existem relatos de um vínculo direto entre o consumo de carnes processadas e o câncer de estômago.
Tabagismo é um fator de risco para se desenvolver câncer de estômago. Pessoas que fumam podem não responder muito bem ao tratamento.
Sintomas
Nas fases iniciais, os sintomas do câncer de estômago são indefinidos e facilmente passam despercebidos. Os primeiros sintomas podem ser parecidos com aqueles de uma úlcera péptica, com ardor e dores abdominais. Assim, os sintomas da úlcera péptica que não são resolvidos com o tratamento podem indicar câncer do estômago. A pessoa pode notar uma sensação de saciedade depois de comer muito pouco (saciedade precoce).
A anemia, caracterizada pela fadiga, fraqueza e sensação de desmaio iminente, pode resultar de hemorragias rigorosamente graduais que não provocam outros sintomas, da má absorção da vitamina B12 (vitamina necessária para a formação de glóbulos vermelhos) ou da má absorção de ferro (mineral necessário à formação de hemácias [glóbulos vermelhos]) devido à insuficiência de ácido no estômago. Em casos excepcionais, a pessoa pode vomitar grandes quantidades de sangue (hematêmese) ou evacuar fezes de coloração negro-alcatroada (melena). Quando o adenocarcinoma está avançado, o médico pode detectar uma massa durante o exame abdominal.
Nas fases iniciais, um adenocarcinoma de pequenas dimensões pode se disseminar (sofrer metástase) para locais distantes. A disseminação do tumor pode provocar um aumento no tamanho do fígado, coloração amarelada da pele e do branco dos olhos (icterícia) acúmulo de líquidos e inchaço na cavidade abdominal (ascite) e linfonodos inchados. A disseminação do câncer também pode enfraquecer os ossos, dando lugar a fraturas ósseas.
Diagnóstico
- Endoscopia e biópsia
- Tomografia computadorizada (TC)
- Ultrassonografia endoscópica
A endoscopia (exame em que se utiliza um tubo flexível de visualização para observar o interior do aparelho digestivo) é o melhor procedimento diagnóstico. Permite que o médico visualize o estômago diretamente, recolha amostras de tecido para análise posterior (biópsia) e possa comprovar a presença da bactéria Helicobacter pylori. Estudos radiográficos com ingestão de bário são menos utilizados porque raramente revelam um câncer nas fases iniciais e, além disso, não permitem a realização de biópsia.
Se for diagnosticado câncer, as pessoas geralmente fazem TC torácicas e abdominais, para determinar a extensão da disseminação do tumor para outros órgãos. Se a TC não identificar a disseminação do tumor, os médicos costumam realizar um ultrassom endoscópico (que consegue mostrar o revestimento do trato digestivo com mais nitidez pois a sonda é instalada na extremidade do endoscópio), para determinar a profundidade do tumor e o envolvimento dos gânglios linfáticos próximos.
Prognóstico
Menos de 5% a 15% das pessoas com adenocarcinoma de estômago têm sobrevida superior a cinco anos. O câncer tende a se disseminar ainda em seus estágios iniciais.
O prognóstico é bom nos casos em que o câncer não penetrou de forma intensa na parede gástrica. Em tais casos, até 80% das pessoas apresentam sobrevida superior a cinco anos. Nos Estados Unidos, porém, os resultados da cirurgia são frequentemente pouco satisfatórios, porque a maioria das pessoas apresenta um câncer já disseminado na ocasião do diagnóstico. No Japão, onde o câncer de estômago é muito frequente, são realizados programas públicos de exames preventivos em grande escala para detectar o câncer precocemente, aumentando as probabilidades de cura.
Tratamento
Cirurgia
Algumas vezes quimioterapia e radioterapia
Se o câncer não tiver se disseminado além do estômago, geralmente é realizada cirurgia para tentar curá-lo. A retirada da totalidade do tumor antes de sua disseminação é a única chance de cura. Elimina-se a maior parte ou a totalidade dos gânglios linfáticos gástricos e adjacentes.
Se o câncer tiver se disseminado para além do estômago, a intervenção cirúrgica é incapaz de curar a doença, mas é por vezes utilizada para aliviar os sintomas. Por exemplo, se a passagem dos alimentos estiver obstruída na extremidade do estômago, uma cirurgia de derivação gástrica, em que uma conexão alternativa entre o estômago e o intestino delgado é criada, permitindo a passagem dos alimentos. Essa conexão alivia os sintomas da obstrução – dor e vômito – ao menos provisoriamente.
A quimioterapia associada à radioterapia ( Terapia de câncer combinada) pode ajudar a aliviar os sintomas, mas tem pouca eficácia para ajudar as pessoas a sobreviverem por mais de cinco anos.
O linfoma é um câncer do sistema linfático. Pode se desenvolver dentro do estômago. Acredita-se que a bactéria Helicobacter pylori desempenha um papel importante no desenvolvimento de alguns linfomas gástricos. Muitas vezes, a cirurgia é o tratamento inicial. A quimioterapia e a radioterapia são mais eficazes no tratamento de linfoma do que no de adenocarcinoma. Com esses tratamentos, pode-se prolongar a sobrevida e até obter a cura.
O leiomiossarcoma (câncer das células do músculo liso) pode se desenvolver na parede do estômago. Ele também é chamado de tumor de células fusiformes. A cirurgia é o tratamento mais indicado. Se o câncer já se disseminou (por metástase) para outras partes do corpo no momento do diagnóstico do leiomiossarcoma, a quimioterapia pode conseguir apenas um leve prolongamento da sobrevida. O medicamento imatinibe tem sido eficaz no tratamento de leiomiossarcomas que não podem ser tratados cirurgicamente.
Fonte: Por Elliot M. Livstone , MD, Sarasota Memorial Hospital, Sarasota, FL traduzido por Momento Saúde