Narguilé e cigarro eletrônico: 9,5% da população adulta brasileira é considerada fumante. Apesar do número ser pequeno e estar em uma decrescente há pouco mais de 30 anos, especialistas alertam para novos hábitos de fumo entre os jovens.
Atualmente, a “moda” entre os mais novos é o narguilé e o cigarro eletrônico, que não são versões mais “seguras” do cigarro tradicional.
Além de ameaçar a redução dos indicadores de fumo no Brasil, esses tipos de maus hábitos já são populares entre os mais novos e podem causar câncer, AVC e outras doenças.
Cerca de um terço de todos os casos de câncer são atribuídos ao tabagismo, principalmente o câncer de pulmão, em que cerca de 80% de todos os casos são causados pelo consumo de tabaco. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que uma sessão de narguilé, de vinte a oitenta minutos, por exemplo, equivale a 100 cigarros comuns.
Estatística Câncer de pulmão
No mundo, o câncer de pulmão está entre os principais em incidência, ocupando a primeira posição entre os homens e a terceira posição entre as mulheres. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), só no Brasil, estima-se em 2023 mais de 32.000 novos casos de câncer de pulmão.
Os principais responsáveis por esse quadro, sem dúvida, são o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco. Eles são os maiores fatores de risco para o desenvolvimento da doença e que, felizmente, podem e devem ser evitados.
Além de câncer, o tabagismo também é a principal causa de várias doenças pulmonares (pneumonia, enfisema, bronquite, entre outras) além de várias doenças cardiovasculares (infarto, derrame cerebral, doenças arteriais).
Narguilé e o câncer
A OMS é bem clara em sua orientação de que não existe nenhuma forma nem dose segura de consumo de tabaco.
Portanto o uso de narguilé é considerado consumo de tabaco, portanto, o seu uso implica no risco de desenvolver todas as doenças causadas pelo tabagismo, tais como câncer, principalmente o câncer de pulmão.
Vapes e câncer
O cigarro eletrônico não é uma forma de tabagismo, mas o usuário do vape ou e-cigarette inala várias substâncias que podem causar lesão pulmonar semelhante a uma pneumonia.
Recentemente, nos Estados Unidos, se observou a ocorrência de uma doença pulmonar aguda e algumas muito graves, que foram associadas à inalação de componentes do cigarro eletrônico.
Mas as essências inaladas pelo cigarro eletrônico também podem causar sérios danos aos pulmões. Na maioria das vezes, não se sabe exatamente quais substâncias estão presentes nas essências, mas estudos americanos já mostram vários casos de lesão pulmonar grave, semelhante a uma pneumonia, atribuídas à inalação de algumas substâncias presente nas essências dos cigarros eletrônicos.
Portanto uma das substâncias utilizadas nas essências do cigarro eletrônico é a nicotina, droga que sabidamente causa dependência. Muito se debate e se discute sobre a segurança e a eficácia do uso do cigarro eletrônico como forma de tratamento do tabagismo. Entretanto, a OMS observa que o cigarro eletrônico não pode ser considerado uma forma segura de tratamento do tabagismo.