O ependimoma é um tipo de tumor cerebral que se origina nas células ependimárias, que se reveste como cavidades cheias de líquido (ventrículos) no cérebro e no canal central da medula espinhal.
Ependimomas são o terceiro tipo mais comum de tumor do sistema nervoso central em crianças, totalizando 10%. A maioria das crianças diagnosticadas com ependimomas tem cerca de 6 anos de idade. Contudo, cerca de um terço dos casos ocorre em crianças com menos de 3 anos de idade, embora possam ocorrer em adultos.
Em crianças, a maioria dos ependimomas se desenvolve na área posterior do cérebro, na parte inferior do crânio, chamada fossa posterior. Essa área contém o cerebelo (que ajuda a controlar a coordenação e o equilíbrio) e o tronco cerebral (que controla funções corporais críticas como a respiração).
Os ependimomas também ocorrem na parte superior do cérebro, denominada área supratentorial. Essa área contém o telencéfalo, espaços cheios de líquido (ventrículos), plexo coroide, hipotálamo, glândula pineal, hipófise e nervo óptico.
Às vezes ependimomas se desenvolvem na medula espinhal.
Sintomas dos ependimomas
Os sintomas de ependimomas dependem da localização do tumor.
No caso de ependimomas na área supratentorial, os sintomas podem incluir alterações no humor ou personalidade, dificuldade de concentração, dores de cabeça, convulsões e função anormal de uma área específica do corpo.
No caso de ependimomas na fossa posterior, em geral, os sintomas estão relacionados ao aumento da pressão dentro do crânio (pressão intracraniana). Os bebês podem não alcançar seus marcos de desenvolvimento. Elas podem ficar irritáveis, ter um aumento da circunferência da cabeça e não ter apetite. Crianças mais velhas apresentam náuseas, vômitos, dores de cabeça, apatia e problemas de equilíbrio, coordenação e marcha.
No caso de ependimomas na medula espinhal, os sintomas podem incluir dor nas costas, fraqueza, dormência/formigamento e dificuldade em controlar a micção e as evacuações.
Diagnóstico dos ependimomas
Alguns ependimomas podem crescer lentamente e podem ser benignos (não cancerosos), enquanto outros podem se comportar de maneira mais agressiva e ser cancerosos. A natureza exata do ependimoma e como ele deve ser tratado depende de sua localização no cérebro ou na medula espinhal, bem como de seu grau de agressividade.
O diagnóstico de ependimoma se baseia nos resultados de uma RM.
Caso um tumor seja encontrado, uma amostra é removida e enviada ao laboratório para análise (biópsia).
Tratamento dos ependimomas
- Cirurgia, radioterapia e, às vezes, quimioterapia.
A terapia inicial consiste na remoção cirúrgica da maior quantidade possível do tumor que possa ser feita com segurança.
A radioterapia aumenta a taxa de sobrevida e é geralmente realizada após a cirurgia.
A quimioterapia parece não aumentar a taxa de sobrevida; porém, em algumas crianças, ela pode ajudar a reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia ou radioterapia.
Fonte: Por Kee Kiat Yeo, MD, Harvard Medical School traduzido por Momento Saúde