O tabagismo é a causa mais importante da doença pulmonar obstrutiva crônica.
As pessoas desenvolvem tosse e, então, começam a sentir falta de ar.
O diagnóstico é feito com radiografia do tórax e testes de função pulmonar.
Parar de fumar e tomar medicamentos que ajudam a manter as vias aéreas abertas é importante.
As pessoas que têm doenças graves podem precisar tomar outros medicamentos, usar oxigênio, fazer reabilitação pulmonar ou, raramente, cirurgia para redução do volume pulmonar.
Estatística
No Brasil, estimam-se prevalências de 7,5 milhões (5 a 10%) de portadores de DPOC. Mais de 97% de todas as mortes relacionadas à DPOC ocorrem em pessoas com mais de 64 anos. A DPOC afeta mulheres mais frequentemente do que homens, mas homens e mulheres morrem em consequência de DPOC em taxas quase iguais.
Globalmente, o número de pessoas com DPOC está aumentando. Os fatores que contribuem para a DPOC incluem o aumento do tabagismo em muitos países em desenvolvimento e, em todo o mundo, a exposição a toxinas presentes em combustíveis de biomassa, como madeira e gramíneas.
As taxas de morte podem estar aumentando nos países em desenvolvimento. Em 2030, prevê-se que a DPOC se torne a terceira maior causa de morte no mundo.
A DPOC leva a uma diminuição persistente da taxa de fluxo de ar dos pulmões quando a pessoa expira (exala), um quadro clínico conhecido como obstrução crônica do fluxo aéreo. A DPOC inclui o diagnóstico de bronquite obstrutiva crônica e enfisema. Muitas pessoas têm ambos os distúrbios.
A bronquite crônica é definida como tosse que produz escarro repetidamente durante dois anos consecutivos. Quando a bronquite crônica envolve obstrução do fluxo aéreo, ela se qualifica como bronquite obstrutiva crônica.
Enfisema é definido como a destruição generalizada e irreversível das paredes alveolares (as células que suportam os sacos de ar, ou alvéolos, que compõem os pulmões) e alargamento de muitos dos alvéolos.
Diferenças entre a bronquite obstrutiva crônica e a bronquite asmática crônica
A bronquite asmática crônica é semelhante à bronquite crônica. Além da tosse produtiva, as pessoas apresentam sibilos e uma obstrução parcialmente reversível do fluxo de ar. Isso ocorre predominantemente em pessoas que fumam e têm asma. Em alguns casos, a distinção entre a bronquite obstrutiva crônica e a bronquite asmática crônica não é clara. Nesses casos, o quadro clínico pode ser chamado sobreposição de asma e DPOC.
As vias aéreas de pequenas dimensões (bronquíolos) dos pulmões contêm músculos lisos e normalmente são mantidas abertas por sua ligação às paredes alveolares. No enfisema, a destruição das ligações da parede alveolar resulta em colapso dos bronquíolos quando a pessoa expira, causando obstrução do fluxo de ar permanente e irreversível.
Na bronquite crônica, as glândulas que revestem as vias aéreas de grandes dimensões (brônquios) dos pulmões se expandem e aumentam sua secreção de muco. Desenvolve-se inflamação dos bronquíolos, que faz com que os músculos lisos no tecido pulmonar sofram contrações (espasmos), obstruindo ainda mais o fluxo de ar. A inflamação também causa inchaço das passagens das vias aéreas e secreções nas mesmas, limitando ainda mais o fluxo de ar. Subsequentemente, as vias aéreas de pequenas dimensões nos pulmões tornam-se estreitadas e destruídas.
A asma também é caracterizada por obstrução ao fluxo aéreo. No entanto, ao contrário da obstrução ao fluxo aéreo na DPOC, a obstrução ao fluxo aéreo na asma é completamente reversível na maioria das pessoas, seja espontaneamente ou com tratamento.