Fatores de risco para o câncer de estômago

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O adenocarcinoma do estômago geralmente se inicia em uma porção do revestimento gástrico sujeita a inflamação. Uma infecção por Helicobacter pylori constitui um fator de risco para desenvolver alguns tipos de câncer de estômago. Pessoas que apresentam determinadas mutações genéticas também correm risco, assim como as pessoas com gastrite atrófica autoimune.

Os pólipos gástricos podem tornar-se cancerosos (malignos) e, por isso, devem ser retirados. Existe a possibilidade do desenvolvimento de adenocarcinoma de estômago se os pólipos apresentarem células glandulares, se ultrapassarem dois centímetros ou se forem múltiplos.

O câncer gástrico difuso hereditário é uma doença hereditária rara que aumenta o risco de uma pessoa de desenvolver câncer de estômago. Ele é causado por uma mutação em um determinado gene. As pessoas afetadas geralmente desenvolvem câncer de estômago em uma idade precoce (idade média, 38 anos).

Já as mulheres afetadas também correm um alto risco de desenvolver câncer de glândulas produtoras de leite (câncer de mama lobular). As pessoas que tiveram câncer de estômago, câncer de mama lobular, ou ambos, ou que tiverem vários membros da família que tiveram esses tipos de câncer devem receber aconselhamento genético e exames, sobretudo se eles foram diagnosticados antes dos 50 anos de idade.

Supõe-se que alguns fatores alimentares desempenham um papel no desenvolvimento do adenocarcinoma do estômago. Entre esses fatores estão: dieta rica em sal e carboidratos, a ingestão frequente de alguns conservantes denominados nitratos (presentes geralmente em alimentos defumados) e baixo consumo de frutas e vegetais de folhas verdes. Embora não tenha sido comprovado que algum desses fatores seja de fato a causa, existem relatos de um vínculo direto entre o consumo de carnes processadas e o câncer de estômago.

Tabagismo é um fator de risco para se desenvolver câncer de estômago. Pessoas que fumam podem não responder muito bem ao tratamento.

Sintomas do câncer de estômago

Nas fases iniciais, os sintomas do câncer de estômago são indefinidos e facilmente passam despercebidos. Os primeiros sintomas podem ser parecidos com aqueles de uma úlcera péptica, com ardor e dores abdominais. Assim, os sintomas da úlcera péptica que não são resolvidos com o tratamento podem indicar câncer de estômago. A pessoa pode notar uma sensação de saciedade depois de comer muito pouco (saciedade precoce).

A pessoa pode começar a sentir saciedade após as refeições mais rapidamente que o normal. A perda de peso ou a fraqueza normalmente decorrem da dificuldade de alimentação ou de uma incapacidade para absorver determinadas vitaminas e minerais.

Entretanto a anemia, caracterizada pela fadiga, fraqueza e sensação de desmaio iminente, pode resultar de hemorragias rigorosamente graduais que não provocam outros sintomas, da má absorção da vitamina B12 (vitamina necessária para a formação de glóbulos vermelhos) ou da má absorção de ferro (mineral necessário à formação de hemácias [glóbulos vermelhos]) devido à insuficiência de ácido no estômago. Em casos excepcionais, a pessoa pode vomitar grandes quantidades de sangue (hematêmese) ou evacuar fezes de coloração negro-alcatroada (melena). Quando o adenocarcinoma está avançado, o médico pode detectar uma massa durante o exame abdominal.

Até nas fases iniciais, um adenocarcinoma de pequenas dimensões pode se disseminar (sofrer metástase) para locais distantes. A disseminação do tumor pode provocar um aumento no tamanho do fígado, coloração amarelada da pele e do branco dos olhos (icterícia) acúmulo de líquidos e inchaço na cavidade abdominal (ascite) e linfonodos inchados. A disseminação do câncer também pode enfraquecer os ossos, dando lugar a fraturas ósseas.

Diagnóstico do câncer de estômago

Se for diagnosticado câncer, a pessoa geralmente faz exames de TC do tórax e do abdômen para determinar qual o grau de disseminação do tumor para outros órgãos. Se a TC não mostrar a disseminação do tumor, os médicos costumam realizar uma ultrassonografia endoscópica (que mostra o revestimento do trato digestivo com mais nitidez, uma vez que a sonda é instalada na extremidade do endoscópio), para determinar a profundidade do tumor e o envolvimento dos gânglios linfáticos nas proximidades.

São realizados exames de sangue básicos, incluindo um hemograma completo, dosagem de eletrólitos, exame de função hepática no sangue e dosagem de antígeno carcino embrionário.

Fonte: Por Minhhuyen Nguyen, MD, Fox Chase Cancer Center, Temple University traduzido por Portal Momento Saúde

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