Alguns tumores cerebrais específicos

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Os tipos de tumores cerebrais podem variar em suas características, tais como localização, pessoas mais frequentemente afetadas e sintomas que causam.

Gliomas

Gliomas incluem astrocitomas, oligodendrogliomas e ependimomas. Astrocitomas são o glioma mais comum.

Alguns astrocitomas e oligodendrogliomas crescem de forma lenta e, no início, podem causar unicamente convulsões.

Outros, astrocitomas anaplásicos e oligodendrogliomas anaplásicos, crescem rapidamente e são cancerosos. (Anaplásico significa que uma célula não se tornou especializada para realizar uma função específica, ou seja, a célula não é diferenciada. Células não diferenciadas em um tumor sugerem que o tumor está crescendo rapidamente).

Os astrocitomas tendem a se desenvolver em pessoas jovens. Eles podem se tornar mais agressivos e são, então, chamados glioblastomas. Glioblastomas tendem a desenvolver-se durante a meia-idade ou velhice. Glioblastomas podem crescer tão rapidamente que aumentam a pressão no cérebro, causando cefaleias e lentidão no pensamento. Se a pressão for suficientemente elevada, pode ocorrer sonolência seguida de um estado de coma.

Os ependimomas se desenvolvem a partir de células que revestem os espaços cerebrais (ventrículos). Ependimomas, que são raros, se desenvolvem principalmente em crianças.

Os sintomas de gliomas variam em função da localização do tumor.

Lobos frontais(localizados atrás da testa): Os tumores localizados aqui podem causar convulsões, problemas para caminhar, necessidade urgente de urinar, perda involuntária de urina (incontinência urinária) e paralisia. As pessoas podem não ser capazes de prestar atenção nem pensar claramente. Elas podem ficar letárgicas. Quando os tumores se desenvolvem no lobo frontal dominante (o lobo esquerdo na maioria das pessoas e o lobo direito em algumas pessoas canhotas) podem causar alterações na linguagem. As pessoas podem ter dificuldades para se expressar, mesmo que elas saibam o que desejam dizer.

Lobos parietais(localizados atrás dos lobos frontais): Os tumores localizados aqui podem causar perda do sentido de posição (saber como situar as partes do corpo no espaço) e alterações na sensação. As pessoas podem não conseguir dizer se estão sendo tocadas em um ou dois lugares. Por vezes, a visão é parcialmente perdida em ambos os olhos, de modo que cada olho não pode ver o lado do corpo oposto ao do tumor. As pessoas podem ter convulsões.

Lobos temporais (localizados acima das orelhas nas têmporas): Os tumores localizados aqui podem causar convulsões, e, se desenvolver no lado dominante, as pessoas podem não ser capazes de compreender e utilizar a linguagem. a visão pode ser parcialmente perdida em ambos os olhos, de modo que cada olho não pode ver o lado oposto ao do tumor.

Lobos occipitais (em direção à parte de trás da cabeça, acima do cerebelo): os tumores neste local podem causar a perda parcial da visão em ambos os olhos, alucinações visuais (ver coisas que não existem) e convulsões.

No cerebelo ou próximo dele (localizado atrás da cabeça, logo acima do pescoço): os tumores neste local podem causar nistagmo (movimento rápido dos olhos em uma direção, depois um retorno mais lento para a posição original), falta de coordenação, instabilidade na marcha e, às vezes, perda da audição e vertigem. Podem obstruir a drenagem de líquido cefalorraquidiano, causando um acúmulo de líquidos nas cavidades do interior do cérebro (ventrículos).

Como resultado, os ventrículos dilatam (um quadro clínico denominado hidrocefalia) e aumenta a pressão no interior do crânio. Os sintomas incluem cefaleias, náuseas, vômitos, dificuldade em movimentar os olhos para cima, problemas de visão (como visão dupla) e letargia. Em crianças, a cabeça aumenta de tamanho. Pressão muito alta pode provocar herniação do cérebro, o que pode resultar em coma e morte.

Meduloblastomas

Tumor cerebral Meduloblastomas se desenvolvem principalmente em crianças e adultos jovens. Eles se desenvolvem no cerebelo (localizado na parte de trás da cabeça logo acima do pescoço). Portanto, eles podem obstruir a drenagem de líquido cefalorraquidiano das cavidades do interior do cérebro (ventrículos). Assim, o líquido pode se acumular nos ventrículos, fazendo com que eles aumentem (denominado hidrocefalia).

Como resultado, a pressão no cérebro aumenta. Esses tumores também podem causar nistagmo (movimento rápido dos olhos em uma direção, depois um retorno mais lento para a posição original), perda de coordenação e instabilidade na marcha.

Os meduloblastomas podem se espalhar através do líquido cefalorraquidiano (o líquido que circunda o cérebro e a medula espinhal), acima do telencéfalo e abaixo da medula espinhal.

Meningiomas

Meningiomas estão entre os tumores cerebrais mais comuns. Normalmente são não cancerosos, mas podem reaparecer depois de extraídos.

Os meningiomas são o único tumor cerebral que é mais comum entre as mulheres. Eles costumam surgir em pessoas com idades compreendidas entre os 40 e os 60 anos, mas podem começar a desenvolver-se na infância ou posteriormente. Estes tumores não invadem diretamente o cérebro, mas podem comprimir o cérebro ou os nervos cranianos, bloquear a absorção de líquido cefalorraquidiano ou as duas coisas.

Os sintomas dependem do local onde o tumor se desenvolve. Podem causar fraqueza ou dormência, convulsões, alteração do olfato, perturbações na visão e função mental comprometida. Em pessoas mais velhas, um meningioma pode causar demência.

Tumores da glândula pineal

Os tumores podem se desenvolver próximo à glândula pineal, uma pequena estrutura localizada profundamente no cérebro. Os tumores da glândula pineal costumam desenvolver-se durante a infância e causam, com frequência, puberdade precoce, especialmente em meninos. Eles podem obstruir a drenagem de líquido cefalorraquidiano ao redor do cérebro, causando hidrocefalia (acúmulo de líquido nos ventrículos do cérebro, fazendo com que aumentem). Como resultado, a pressão no cérebro aumenta.

O tipo mais frequente de tumor pineal é um tumor das células germinativas.

Os sintomas de tumores na glândula pineal incluem a incapacidade de olhar para cima e pálpebras caídas. Os olhos podem não conseguir se ajustar às mudanças de luminosidade.

Tumores hipofisários

A glândula hipófise, situada na base do cérebro, controla grande parte do sistema endócrino (hormonal) do organismo. Os tumores da hipófise são, em sua maioria, adenomas hipofisários que tendem a ser não cancerosos. Os adenomas hipofisários podem secretar quantidades anormalmente grandes de hormônios hipofisários ou interromper a produção de hormônios. Quando grandes quantidades de hormônios são secretadas, os efeitos variam dependendo de qual hormônio está envolvido.

Entretanto no caso do hormônio do crescimento, uma estatura exagerada (gigantismo) ou um aumento desproporcionado do tamanho da cabeça, da face, das mãos, dos pés e do tórax (acromegalia).

No caso da adrenocorticotrofina, a síndrome de Cushing.

Mas no caso da prolactina, a interrupção dos ciclos menstruais (amenorreia) nas mulheres, produção de leite nas mulheres que não estão amamentando (galactorreia) e, nos homens, perda da libido, disfunção erétil e aumento do tamanho das glândulas mamárias (ginecomastia).

No caso da vasopressina, diabetes insipidus (que causa sede e micção excessivas)

Portanto os tumores da hipófise também podem destruir os tecidos da glândula que secreta os hormônios, o que, com o passar do tempo, origina níveis insuficientes desses hormônios no organismo.

Ocorrem frequentemente cefaleias. Raramente, há sangramento no tumor, o que causa uma cefaleia súbita e perda de visão.

Fonte: Por Steven A. Goldman, MD, PhD, University of Rochester Medical Center;

Nimish A. Mohile, MD, University of Rochester Medical Center traduzido por Momento Saúde

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