Etiologia
- Fatores genéticos
Os fatores genéticos incluem mutação do gene AIRE, que causa o tipo 1, e certos subtipos do antígeno leucocitário humano (HLA), que são importantes no desenvolvimento dos tipos 2 e 3.
Os gatilhos ambientais incluem infecções virais, fatores dietéticos e outros riscos ainda desconhecidos.
Inibidores do checkpoint imune, que são usados para tratar alguns tipos de câncer e estão associados a doenças endócrinas autoimunes, incluindo hipofisite, doença da tireoide, insuficiência adrenal primária e diabetes melitus tipo 1, são um gatilho.
Fisiopatologia
A reação autoimune subjacente envolve autoanticorpos contra tecidos endócrinos, autoimunidade mediada por células ou ambos, e causa inflamação, infiltração linfocitária e destruição parcial ou completa da glândula. Mais de uma glândula endócrina é envolvida, embora as manifestações clínicas nem sempre sejam simultâneas. Reação autoimune e disfunção associada do sistema imunitário também podem lesar tecidos não endócrinos.
Deficiência poliglandular tipo 1
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Candidíase mucocutânea crônica
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Hipoparatireoidismo
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Insuficiência adrenal ( doença de Addison)
A candidíase costuma ser a manifestação inicial, mais comum em pacientes com < 5 anos. O hipoparatireoidismo ocorre a seguir, geralmente em pacientes com < 10 anos. Por último, a insuficiência adrenal ocorre em pacientes com < 15 anos. Doenças endócrinas e não endócrinas concomitantes continuam a surgir até os pacientes terem cerca de 40 anos de idade.
Deficiência poliglandular tipo 2
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Insuficiência adrenal
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Hipotireoidismo ou hipertireoidismo
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Diabetes melito tipo 1 (etiologia autoimune)
Deficiência poliglandular tipo 3
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Hipotireoidismo
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Pelo menos uma das variedades de outras doenças
O tipo 3 não envolve o córtex adrenal.
Sinais e sintomas
Diagnóstico
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Medidas das concentrações dos hormônios
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Às vezes, títulos de anticorpos
Suspeita clínica de síndrome de deficiência poliglandular com diagnóstico confirmado pela detecção da deficiência hormonal. Outras causas de deficiências endócrinas múltiplas incluem disfunções hipotalâmico-hipofisárias e disfunções endócrinas coincidentes de causas distintas (p. ex., hipoadrenalismo por tuberculose e hipotireoidismo não autoimune no mesmo paciente).
Já a deficiência poliglandular tipo 1 está associada a autoanticorpos contra interferons do tipo 1, e a presença desses anticorpos sugere o diagnóstico, que pode ser confirmado pela análise mutacional do gene AIRE. A detecção dos auto anticorpos do tecido glandular afetado pode ser útil para diferenciar disfunção poliglandular autoimune de outras causas e concentrações elevadas de hormônios tróficos (p. ex., TSH) sugerem que o eixo hipotálamo-hipófise está intacto (embora alguns pacientes com disfunção poliglandular autoimune tipo 2 apresentem insuficiência hipotalâmico-hipofisária).
Como podem se passar décadas antes do aparecimento de todas as manifestações, é prudente fazer acompanhamento por toda a vida; hipoparatireoidismo ou insuficiência adrenal não percebidos podem causar risco de morte.
Os parentes devem estar cientes do diagnóstico e se submeter à triagem quando apropriado. Estudos que acompanharam parentes de pacientes com diabetes tipo 1 à procura de desenvolvimento de autoimunidade encontraram anticorpos associados com o diabetes tipo 1, doença celíaca e/ou doença da tireoide em 21,5% dos indivíduo
Referência sobre classificação
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1. Husebye ES, Anderson MS, Kampe O: Autoimmune polyendocrine syndromes. New England Journal of Medicine 378:1132–1141, 2018. doi: 10.1056/NEJMra1713301
Fonte: Por John D. Carmichael, MD, Keck School of Medicine of the University of Southern California traduzido por Momento Saúde