Obesidade associada a maior incapacidade e piores resultados na EM

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De acordo com um estudo publicado online em 1º de novembro no periódico Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, no caso de pacientes recém‑diagnosticados com esclerose múltipla (EM), a obesidade está associada a uma maior gravidade da doença e a piores resultados.

Isabel Lutfullin, do Hospital Universitário de Münster, na Alemanha, e colegas conduziram um estudo nacional longitudinal de coorte com 1.066 indivíduos com EM recém‑diagnosticada para examinar a associação entre a obesidade e o acúmulo de incapacidade. As pontuações da Escala expandida do estado de incapacidade (Expanded Disability Status Scale, EDSS), as taxas de recidiva, os achados da ressonância magnética (RM) e a escolha da imunoterapia foram comparados na avaliação inicial e nos anos 2, 4 e 6 para pacientes obesos (índice de massa corporal [IMC] ≥30 kg/m2) e não obesos (IMC <30 kg/m2).

Os pesquisadores observaram que a obesidade no início da doença estava associada a maior incapacidade na avaliação inicial e em dois, quatro e seis anos de acompanhamento. O tempo mediano para atingir EDSS 3 foi de 0,99 e 1,46 anos para pacientes com e sem obesidade, respectivamente. Em comparação com pacientes não obesos, os pacientes com obesidade apresentaram um risco significativamente maior de atingir EDSS 3 ao longo de seis anos, após ajuste para sexo, idade e tabagismo (razão de risco: 1,87), independentemente das terapias modificadoras de doença. Não foi observada associação significativa para obesidade com taxas de recidiva mais altas, número aumentado de lesões na RM realçadas por contraste ou maior carga de lesões em T2 na RM durante um acompanhamento de seis anos.

“Esses dados sugerem que o tratamento dedicado da obesidade deve ser explorado por seu possível mérito na melhora dos resultados clínicos de longo prazo de pacientes diagnosticados com EM”, escreveram os autores.

Vários autores declararam ter laços financeiros com a indústria biofarmacêutica.

Fonte: https://jnnp.bmj.com/content/early/2022/10/11/jnnp-2022-329685 Traduzido por Momento Saúde

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