Acredita-se que o câncer infantil é o câncer mais agressivo que câncer em adultos.
Isso por que ele avança de forma rápida e evasiva.
Mas há uma boa notícia….esse tipo de câncer e essa enfermidade tem alta chance de cura.
O câncer infantil têm algumas peculiaridades em relação todos os outros cânceres que acometem os adultos.
Claro que eles são bem mais agressivos e avançam de maneira muito mais rápida em nossos pequeninos em formação de vida.Mas grande boa notícia é que a enfermidade tem alta chance de cura.
De fato, se não fosse a demora de diagnóstico e a vinda do pequeno paciente ao hospital , para alguns tipos de tumores o índice de cura poderia atingir 90%.
De acordo com o oncopediatra Luiz Fernando Lopes, diretor médico do Hospital de Câncer Infantojuvenil de Barretos, no interior de São Paulo, doenças malignas da infância são predominantemente de origem embrionária, constituídas de células indiferenciadas, que ainda não possuem função especializada, o que determina uma resposta muito melhor aos modelos terapêuticos.
“Apesar de (o câncer infantil) ser mais agressivo, as crianças respondem muito melhor à quimioterapia. Seus órgãos são mais jovens e trabalham melhor”, explana Luiz Fernando Lopes.
A o câncer de leucemia corresponde à maioria dos casos, e essa prevalência é mundial.
A medicina ainda não possui uma resposta do porquê desse câncer ser o mais comum, no entanto há estudos que tentam associar a ocupação dos pais à doença, principalmente no que diz respeito à produção dos espermatozoides, que transmitiriam alguma alteração genética, mas essa associação ainda não foi comprovada cientificamente. O fato é que de cada 100 crianças com algum tipo de tumor, 30 têm leucemia, seja da forma linfoide aguda ou do tipo mieloide aguda.
Já o segundo câncer mais frequente na infância é o tumor cerebral.
Portanto “a incidência desse tipo de câncer está aumentando bastante mundialmente. Talvez no futuro tenhamos mais casos de tumor no cérebro do que leucemias. Um dos motivos é o aumento no número de diagnósticos, as pessoas possuem mais acesso a exames que no passado eram mais restritos. Atualmente, a estimativa é de que para cada 100 crianças com câncer, 20 tenham tumores cerebrais”, completa. Há também casos de tumores nos ossos, que acometem mais adolescentes, nos rins (tumor de Wilms) e nos olhos (tumores dentro da retina).
Mas apesar de as chances de cura serem altas, o câncer pediátrico esbarra em alguns problemas, como falta de conhecimento dos pediatras para identificar os sintomas.
“As crianças vêm para Barretos de todo Brasil, mas algumas levam muitos meses para chegar. Às vezes o médico até pode fazer o diagnóstico corretamente, mas a família demora meses para conseguir encaminhamento para um centro especializado. Em muitos casos, nós disponibilizamos vaga aqui em Barretos rapidamente, mas a burocracia da documentação para a transferência acaba atrasando o processo. Essa soma de fatores faz com que as crianças cheguem muito tarde. Um mesmo tumor que poderia apresentar chance de cura de 90, 95%, se chegar em estado avançado, com metástase em osso, fígado ou cérebro, pode vir a ter bem menos chance de cura”, ressalta o especialista.
Créditos da Matéria:
Saiba mais – Doutor Drauzio Varella
https://drauziovarella.uol.com.br/cancer/cancer-infantil-e-mais-agressivo-mas-taxa-de-cura-e-maior/