Kisqali: como funciona e como obter pelo SUS
O Kisqali (Succinato de Ribociclibe) é um medicamento oral utilizado para o tratamento de câncer de mama em estágio avançado ou metastático. Essa condição é uma das formas mais comuns da doença e, felizmente, responde bem a terapias-alvo como o Kisqali, que atua de forma precisa nas células cancerígenas.
Apesar de ser um medicamento de alto custo, ele está disponível gratuitamente pelo SUS e também pode ser exigido dos planos de saúde, conforme garantido por lei.
Portanto, se você tem indicação médica para seu uso, é essencial conhecer seus direitos e o processo para obter acesso ao tratamento sem precisar arcar com os custos altíssimos.
O que é o Kisqali e para que ele serve?
Kisqali é um medicamento desenvolvido pela farmacêutica Novartis e pertence à uma categoria de fármacos que mudou o paradigma do tratamento de alguns tipos de câncer de mama. Ele é indicado principalmente para mulheres com câncer de mama avançado ou metastático, com receptores hormonais positivos e HER2-negativo — um subtipo que representa cerca de 70% dos diagnósticos.
Esse medicamento é usado em combinação com terapias hormonais, como inibidores da aromatase (ex: letrozol, anastrozol) ou fulvestranto, ajudando a bloquear a multiplicação das células tumorais e prolongar o tempo livre de progressão da doença, ou seja, o tempo em que o câncer não avança.
Como o Kisqali age no organismo?
O mecanismo de ação do Kisqali envolve a inibição das proteínas CDK4 e CDK6, que são fundamentais no ciclo de divisão celular. Em células cancerosas, essas proteínas ficam desreguladas, estimulando o crescimento descontrolado do tumor. Ao inibir essas vias, o Ribociclibe consegue interromper a progressão do ciclo celular, forçando as células tumorais a “parar” de se multiplicar.
Além disso, o Kisqali é uma opção que pode ser usada tanto em mulheres pós-menopáusicas quanto em pré-menopáusicas, desde que combinada com terapias hormonais adequadas. Seu uso já demonstrou melhorar significativamente a sobrevida global e a qualidade de vida das pacientes, segundo estudos clínicos internacionais.
Como tomar o Kisqali?
O tratamento com Kisqali é feito por via oral, em comprimidos, geralmente com uma dosagem padrão de 600 mg diários, dividida em três comprimidos de 200 mg cada, tomados uma vez ao dia, com ou sem alimentos. O ciclo de tratamento dura 28 dias, sendo 21 dias consecutivos de uso e 7 dias de pausa.
A posologia pode ser ajustada conforme a tolerância da paciente, sendo fundamental o acompanhamento médico com exames frequentes, como hemogramas e testes de função hepática e cardíaca.
Efeitos colaterais mais comuns do Kisqali
Apesar de ser bem tolerado por muitas pacientes, o Kisqali pode causar alguns efeitos adversos. Os mais relatados incluem:
Neutropenia (queda dos glóbulos brancos) – requer monitoramento.
Fadiga intensa – comum em tratamentos hormonais.
Náuseas e vômitos – geralmente leves.
Alterações hepáticas – controladas com exames regulares.
Prolongamento do intervalo QT – um efeito cardíaco raro, mas possível, que precisa de eletrocardiograma de rotina.
Esses efeitos devem ser acompanhados pelo oncologista, que pode ajustar a dose ou interromper temporariamente o tratamento, se necessário.
Como armazenar o Kisqali?
Guarde o medicamento em temperatura ambiente, entre 15°C e 30°C.
Evite locais úmidos ou com incidência direta de luz solar.
Mantenha os comprimidos na embalagem original, longe do alcance de crianças.
Como conseguir o Kisqali gratuitamente pelo SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza medicamentos de alto custo para pacientes com indicação clínica justificada. O Kisqali está entre os tratamentos que podem ser fornecidos gratuitamente mediante solicitação formal. Veja o passo a passo para fazer o pedido corretamente:
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Laudo médico + receita atualizada
Procure seu médico e peça um laudo detalhado, com o diagnóstico de câncer de mama RH+ e a justificativa clínica para o uso do Kisqali. A receita também deve indicar o nome comercial (ou o princípio ativo Ribociclibe) e a dosagem. -
Cartão Nacional de Saúde (SUS)
Ter o Cartão SUS é essencial para dar entrada no processo. Caso não tenha, solicite em um posto de saúde próximo da sua residência.
– Clique aqui e saiba como fazer seu Cartão do SUS -
Levar os documentos à Farmácia de Alto Custo
Reúna os documentos (laudo, receita, RG, CPF, comprovante de residência e cartão do SUS) e vá até a Farmácia de Alto Custo ou unidade estadual responsável por medicamentos especiais. Lá você deverá preencher um formulário e receber um número de protocolo para acompanhar o andamento da solicitação. -
Negativa ou indisponibilidade do medicamento
Se a solicitação for negada ou o medicamento estiver em falta, não desista: entre em contato com um advogado ou a Defensoria Pública, pois você tem direito legal ao tratamento adequado. -
Três cotações do medicamento
Para dar continuidade ao processo judicial, você precisará apresentar três orçamentos do medicamento em farmácias confiáveis.
– Clique aqui para obter suas cotações -
Ingresso com ação judicial emergencial
Com a documentação pronta e as cotações em mãos, é possível ingressar com uma ação judicial de urgência, exigindo o fornecimento imediato do Kisqali com base no seu direito constitucional à saúde (Artigo 6º da Constituição Federal).
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