Porque os tumores cardíacos são considerados raros?

Compartilhe esse artigo:

WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Facebook
Twitter

Por serem tão raros, há muita gente que pensa que tumores cardíacos não existem. Isso não é verdade! Existem sim, mas são bem pouco comuns e têm baixa incidência, que varia entre 0,001% e 0,3% das neoplasias.

Mas a pergunta que não quer calar é: por que isso ocorre?

A explicação é porque as células que compõem o coração têm um ciclo de divisão que acaba muito cedo. Portanto, sem divisão celular, as chances de multiplicação de maneira desordenada das células cancerígenas caem exponencialmente.

Quais são os principais tipos?

Há pelo menos dois tipos de tumores cardíacos: primários e secundários. Os primários são aqueles que surgem no tecido do próprio coração.

Já os secundários são originários de metástases de cânceres de outros órgãos, como rins, mama, pulmão, sangue, pele. Chamados de tumores cardíacos metastáticos, são 30 ou 40 vezes mais comuns que os tumores cardíacos primários, porém, mesmo assim, são bem raros.

E os sintomas? Quais são os principais?

Os sintomas dos tumores cardíacos costumam variar e dependem da localização em que podem ocorrer no coração.

Alguns dos principais sintomas são: falta de ar, fadiga, palpitações, fraqueza, desmaios, além de sangramento e acúmulo de líquido no pericárdio e eventos que podem interferir no funcionamento do coração.

Pacientes que possuem tumores cardíacos secundários tendem a ter os mesmos sintomas dos cânceres metastáticos. Um exemplo: se a pessoa tem câncer de pulmão, os principais sintomas serão falta de ar, cansaço e sangue na tosse.

Qual o tratamento?

Em casos de tumores cardíacos primários, em estágios menos avançados, o mais indicado é o tratamento com quimioterapia e radioterapia. Já para cânceres do coração do tipo secundário, a recomendação é a cirurgia. É importante frisar que medicamentos específicos podem ser adotados, dependendo do tipo do tumor, da extensão e da localização.

 Os portadores de fibroelastoma também podem necessitar de reparo ou substituição valvar. Quando rabdomiomas ou fibromas são multifocais, a excisão cirúrgica geralmente não é efetiva e o prognóstico é reservado após o primeiro ano de vida, visto que a sobrevida em 5 anos pode ser de apenas 15%.

Fonte: Dr. Neif Musse

Por Anupama K. Rao, MD, traduzido por Momento Sáude

 

Compartilhe esse artigo:

WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Facebook
Twitter