No mês de conscientização sobre as hepatites virais, temos a Campanha Julho Amarelo. O objetivo é intensificar a prevenção e o controle das hepatites virais, mobilizar os profissionais de saúde e a população.
Um dos objetivos da campanha deste ano é aumentar a cobertura vacinal para reduzir a transmissão de hepatite B e ações para população com hepatite C. “Dentro das prioridades para o fortalecimento estão previstas o rastreamento da população prioritária de hepatite C para diagnóstico, tratamento e cura. Além da articulação com foco na testagem e vacinação da hepatite B em meninas e mulheres entre 10 e 49 anos; aumentar a cobertura vacinal com intuito de redução da transmissão vertical de hepatite B.
A Campanha Julho Amarelo faz referência ao 28 de julho, data escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para a celebrar o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Este ano, por meio da Lei 13.802, foi instituído julho como mês para chamar atenção da luta contra às hepatites virais, reforçando as iniciativas de vigilância, prevenção e controle do agravo.
Hepatite em números
Segundo o Ministério da Saúde, milhões de pessoas no Brasil são portadoras do vírus das hepatites B e C e não sabem, correndo o risco de evoluírem para a doença crônica, cujas consequências mais graves são a ocorrência de cirrose ou câncer hepático.
- Brasil registrou 40.198 casos novos de hepatites virais em 2017. O Boletim Epidemiológico 2018 do Ministério da Saúde informa que os casos da doença mais que dobraram em homens de 20 a 39 anos.
- De 1999 até 2017 são 718.837 pessoas notificadas com hepatites virais
- 1.083.000 pessoas tiveram contato com o vírus da hepatite, o que representa 0,71% da população
- 60,7% delas, 657 mil, são elegíveis para tratamento, ou seja, têm vírus circulante no sangue. A maior concentração dos casos está na população com mais de 40 anos de idade.
- Dentre as hepatites virais, hepatite C continua notificando maior número de casos:
11,9 casos para cada 100 mil habitantesA notificação é obrigatória para todas as hepatites virais - Mais de 70% dos óbitos por hepatites virais são decorrentes da Hepatite CTotal de óbitos com causa básica por hepatites virais de 2000 a 2016 – 35.931
- Hepatite C: 23.076 – 75,3%
- Hepatite B: 7.828 – 21,8%
- Hepatite A: 794 – 2,2%
- Hepatite D: 233 – 0,7%
Hepatite A
- Casos mais que dobraram em homens de 20 a 39 anos
- São Paulo registra crescimento expressivo: saiu de 155 em 2016 para 1108 em 2017. Grande parte por via sexual em homens com idade 20 a 39 anos
2017- Casos quase dobraram em comparação com 2016 no Brasil
HEPATITE B
- Nos últimos 10 anos, pouca variação com leve tendência de queda nos últimos 4 anos
- Hepatite B é a segunda causa de óbitos entre as hepatites virais: foram 477 em 2016
13.482 casos registrados em 2017
Taxa de detecção de 6,5 casos por 100 mil habitantesHEPATITE C
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- 331.855 mil notificados no país desde o final da década de 90
- 10% das pessoas também tem HIV
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24.460 casos registrados em 2017
Taxa de detecção 11,9 casos por 100 mil habitantes
Doença silenciosa
A hepatite é a inflamação do fígado. Nem sempre as hepatites apresentam sintomas, porém os mais comuns são olhos e pele amarelados, cansaço, febre, mal-estar, tontura, vômitos, dor abdominal, urina escura e fezes claras. Os tipos mais comuns são causados pelos vírus A, B e C.
A vacina é uma forma de prevenção contra as hepatites do tipo A e B. Quem se vacina para o tipo B, se protege também para hepatite D. A vacina está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). Para os demais tipos de vírus não há vacina e o tratamento é indicado pelo médico.
As principais medidas de controle das hepatites virais de transmissão sanguínea e sexual constituem-se na adoção de medidas de prevenção como o incentivo ao uso do preservativo nas parcerias sexuais, o não compartilhamento de objetos contaminados como lâminas e seringas, por exemplo.
Fonte: MS/SVS/Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais